sexta-feira, 30 de maio de 2008

De PORTUCALE a PORTUGAL

O corónimo "Portugal" deriva de Portucale que, como à frente veremos, foi forma toponímica de um lugar na margem esquerda do Douro e de outro na margem direita do mesmo rio, correspondendo a uma tautologia de dois nomes comuns, apelativos de realidades idênticas ou aparentadas, nomes expressos em duas línguas diferentes que conviveram temporal e espacialmente.
Referimo-nos ao latim portus "passagem, entrada de um porto, porto, refúgio, foz dum rio" e ao celta cale-, ainda vivo nas línguas celtas que chegaram aos nossos dias, como é o caso do escocês cala, caladh, "porto de abrigo para navios" e do irlandês caladh, calaì, "cais, molhe, porto", estando documentado o médio-irlandês calad "porto de abrigo para navios, baía". Depois, o tempo foi passando, as gentes foram falando e Portucale acordou "Portugal", ainda o galaico-português pontapeava o ventre materno, por sonorização da oclusiva intervocálica -c- > -g- e posterior emudecimento e apócope do -e final.
A convivência de povos de línguas diferentes, numa mesma região, pode levar ao aparecimento de topónimos diferentes apenas na aparência, já que exprimem o mesmo conceito nos respectivos idiomas. Em zonas de usufruto comum, integradas em vivências deste tipo, aparecem também formações tautológicas, juntando num mesmo topónimo elementos de duas línguas adstratas. Servem como exemplos, no Reino Unido, Cheetwood (no Lancashire), do céltico cheet "floresta" + saxão wood "floresta" e Brill (no Lincolnshire), do céltico bre "colina" + saxão hill "colina"; em Espanha, o Valle de Aran, do espanhol valle "vale" + basco haran "vale"; em Moçambique, o "Lago Niassa", do port. lago + suaíli nyassa "lago"; na Itália, Montegibello (na Sicília), do lat. monte- "monte" + árabe jibal "montes". Para rematar estes exemplos, temos na Escócia uma tautologia idêntica à de Portucale, para identificar um ancoradouro no Kyles of Bute: Caladh Harbour, topónimo que associa o inglês harbour e o gaélico caladh, ambos a significar "porto de abrigo para navios".
Desconhecemos qual seria a grafia e pronúncia da forma galaico-lusitana cale-, já que apenas chegou até nós como topónimo transmitido por romanos, não falantes da língua celta, que, muitas vezes, não tinham grandes preocupações de fidelidade em relação à latinização das falas recolhidas, escondendo numa última consoante, muitas vezes um -s, qualquer som que lhes fosse estranho. Mas não deveria andar longe de cale, se atentarmos no actual português "cala" e no galego cala, vozes que significam "pequeno porto ou enseada muito estreita, com margens íngremes ou entre rochedos". Muitos dicionaristas atribuem a origem destas falas ao árabe kalla, mas inclinamo-nos muito mais para uma origem pré-romana, como sugere o dicionário de Houaiss, e avançamos para uma etimologia céltica, apoiados nos exemplos fornecidos pelas línguas gaélicas. A reforçar esta opção temos o grande número de topónimos "Cale" (concelhos de Vila Real, Cinfães, Marco de Canavezes e Oliveira de Azeméis, os quatro junto de cursos de água), "Cal" (Norte de Portugal e Galiza) e "Cales" (na Galiza), todos no Noroeste da Península Ibérica, precisamente onde foi menos efectiva e demorada a presença árabe, e a existência de um Caladunum entre Douro e Minho, como podemos ler na Geografia (L. 2, cap. 6, § 39) de Claudius Ptolemaeus (c. 90-168). Este Caladunum, referido por Ptolomeu no século II d.C., deve referir-se a um castro na actual freguesia de Cervos, no concelho de Montalegre. Esta freguesia é atravessada pelo rio Beça, em cuja margem fica um monte ainda hoje denominado Crasto. O território de Cervos era atravessado por uma estrada romana, atestada por dois marcos miliários aqui descobertos, de que nos fala Pinho Leal, no seu Portugal Antigo e Moderno (vol. 2, p. 256-257). Caladunum deveria então corresponder a um castro [céltico dunum "fortaleza elevada", "colina"], servido por uma "enseada muito estreita, com margens íngremes ou entre rochedos" [céltico cale]. Também na foz do Cávado, frente aos rochedos chamados Cavalos de Fão, houve até há pouco tempo um ancoradouro natural, cujo sítio se chamava "Cala". Quanto a nós, o problema levantado pela existência de dois topónimos iguais, olhando-se nos olhos com o Douro de permeio, foi resolvido de forma expedita e arguta em 1940, por Cláudio Basto ("Os nomes Cale e Portucale: plano de estudo", in Revista de Guimarães, número especial, 1940: 83-94), mesmo sem poder contar com o auxílio do elemento cale, cujo étimo não identificou. Para este autor, o topónimo Portucale abrangeria de início as duas margens e o próprio percurso fluvial, considerando o sentido da fala portus que, primitivamente, designaria uma "passagem", o que aliás já acontecia no indo-europeu *prtu-, de base *per-, o étimo donde deriva. Como nos diz Viterbo, o português "porto", nos nossos documentos mais antigos, significava

porta, entrada, garganta do monte ou passagem, já do mar ou rio para a terra, já de uma terra para a outra, atravessando alguma eminência ou cerro, que serve como de muro ou divisão. Também chamaram Porto, não só o vau de um rio caudaloso, onde se passa em barca, mas também o de qualquer ribeiro, onde se passa, ou a pé, ou de carro, ou em besta, ou em poldras, ou em ponte sendo da razão do Porto o dar passagem ou entrada (Elucidário, vol. 2: p. 488).

A fala galega porto, para além do significado hoje mais usual, ainda significa "paso entre montañas que comunica as dúas vertentes", "lugar estreito ou pouco profundo por onde se pode atravesar um río" (EGU, vol. 14, p. 81, s.v. "porto"). O sentido de "passagem" está também presente noutras falas de outras línguas indo-europeias, derivadas deste mesmo étimo, como no espanhol puerto, quando se refere a "depresión, garganta o boquete que da paso entre montañas"; no francês port "lugar em que há uma barcaça ou barcos para se passar um rio ou ribeira"; no francês pirenaico port "passage dans les Pyrénées"; no antigo germânico *furdu-, donde deriva o alemão furt "vau" e o inglês ford "passar a vau".
Por tudo isto, o apelativo "porto", com a significação de "passagem", está por detrás de muitos topónimos portugueses que, conjuntamente com Barca, Barco, Barcos, Passadouro, Passagem, Travassô, Vau e tantos outros engrossam a numerosa família dos hodotopónimos. E, nestas andanças de documentar o sentido de portus, acabamos de bater com o nariz no Dictionnaire Universel François et Latin (Dictionnaire de Trevoux), descobrindo que há trezentos anos já se tinha chegado à tautologia atrás enunciada:

Ce mot de Portugal vient de Portus & de Cale, qui signifie tous deux port. Cale vient de cal, mot Celtique qui veut dire la même chose. De là on a fait Burdicala ou Burdigala, port célèbre de Gascogne ("A palavra Portugal vem de Portus e de Cale, ambas com o significado de porto. Cale vem de cal, palavra céltica que quer dizer a mesma coisa. Esta entrou na formação de Burdicala ou Burdigala [actual Bordéus], célebre porto da Gasconha") (1732, 3ª ed., Vol. 4, col. 1003).

A mais antiga alusão à civitas Cale da margem direita do Douro deve-se a Gaius Sallustius Crispus (Hist. III, 43), nas suas Historiarum libri quinque (39 a.C.), narrativas históricas reportadas aos acontecimentos das lutas sociais e políticas que debilitaram a República Romana no século I a.C., no caso em apreço entre 78 e 67. A referência de Salústio chegou-nos numa citação de Maurus Servius Honoratus, datada do século IV e inserida num comentário gramatical e literário sobre Virgílio os Servii Gramatici in Vergilii AEneidos Librum Septimum Commentarius , onde, depois de se referir à civitas Cales da Campânia e à Cale (actual Cagli) que demorava na via Flamínia, estrada que ligava Roma a Ariminum (actual Rimini, na costa adriática), afirma:

est et in Gallia hoc nomine, quam Sallustius captam a Perperna commemorat [e existe (outra civitas) com este nome na Gália, de que Salústio relata aconquista por Perpena].

Estes acontecimentos teriam tido lugar em 73 a.C., data da incursão de Perpena no Noroeste peninsular, em acções militares que o levaram até ao rio Lima. Considerando que o escrito de Salústio abordava as lutas sertorianas da Hispânia, e que Perpena era um dos generais de Sertório, parece óbvio o lapso na transcrição de Gallia por Gallaecia, incongruência já apontada pelo humanista e académico Isaac Vossius (1618-1689), no segundo volume da edição de Leiden da obra De situ orbis de Pompónio Mela. Se Gallia está por Gallaecia, a menção salustiana permite-nos identificar esta Cale com a povoação da margem direita do Douro, já que a margem esquerda pressupunha uma localização na Lusitânia e não na Galécia.
Mas, se esta citação corresponde à realidade descrita, também é provável que "Cale" fosse nesta época um simples locus (lugar) e não uma civitas (comunidade-território em volta de uma povoação principal), pois não é mencionado pelos geógrafos que descrevem a Hispânia dos dois primeiros séculos da nossa era, como sejam Estrabão (c. 58 a.C.-c. 25 d.C.), Pompónio Mela (escreve nos anos 40 do século I), Plínio (23-79) ou Ptolomeu (c. 90-168).
Considerando as fontes conhecidas, a referência seguinte ao topónimo Cale surge no acusativo Calem do Itinerário de Antonino (Itinerarium provinciarum Antonini Augusti), dos finais do século III d.C., identificando a penúltima estação da estrada romana de Lisboa a Braga, a 13 milhas de Lancobriga, a estação anterior, e a 35 (cerca de 52 km) de Bracara Augusta. Esta última distância tem levado muitos investigadores a identificarem este Calem com a civitas da margem direita do Douro, o que, parecendo razoável, não deixa de ser uma mera hipótese. As menções posteriores aparecem já na formação tautológica Portucale. Começamos por destacar um documento da segunda metade do século V, o Chronicon de Idácio bispo de Chaves que terá vivido entre cerca de 395 e talvez 472 , um conjunto de crónicas sobre o reino dos Suevos, com a capital em Braga, abarcando o período de 379 a 468. Idácio menciona Portucale, indeclinável, em três parágrafos distintos, uma vez sem qualquer especificação (Aiulfus dum regnum Suevorum spirat, Portucale moritur mense Junio), outra como lugar (Rechiarius ad locum qui Portucale appellatur, profugus regi Theudorico captivus adducitur) e uma última como castro (Maldras germanum suum fratrem interficit, et Portucale castrum idem hostis invadit).
Devemos uma outra citação a Isidoro (560-636), bispo de Sevilha, em cuja Historia de Regibus Gothorum, Vandalorum et Suevorum, em que narra os acontecimentos relacionados com o reino visigodo da Hispânia, até finais do primeiro quartel do século VII, podemos ler:

Ipse postremo rex telo saucius fugit, praesidioque suorum carens, ad locum Portucale capitur, regique Theuderico vivus offertur.

Ainda aqui, continuamos com Portucale reduzido a um simples povoado, não aparentando qualquer preponderância especial. Nas pretensas actas de um alegado Concílio de Lugo, que teria tido lugar em 569, temos a mais antiga menção à existência de um Portucale a norte do Douro e de um outro na margem sul, mesmo que este documento seja posterior àquela data, já que algumas das suas versões apresentam interpolações que remetem para o século XII. Mas, para o que nos interessa, importa referir que não é posta em dúvida a autenticidade do chamado Paroquial Suévico ou Divisio Theodemiri, o elemento mais importante destas supostas actas, cujo original, hoje perdido, deve ter sido redigido entre 572 e 589. O estabelecimento destas duas balizas deve-se ao facto do Paroquial colocar a sede da diocese portucalense em Portucale, sendo certo que a diocese nasce no segundo concílio de Braga (572) com a sede em Magneto (Meinedo, actual freguesia do concelho de Lousada) e que, aquando da realização do terceiro concílio de Toledo (589), a referida sede era, agora sim, em Portucale. Esta Divisio Theodemiri, um acto de administração político-religiosa porventura da iniciativa do rei suevo Teodemiro (559-569), menciona uma paróquia ad sedem Portugalensem in castro novo (junto da Sé portucalense, no castro novo), na actual cidade do Porto, e uma outra denominada Portucale castrum antiquum, na diocese de Coimbra e, por isso mesmo, na margem sul do Douro, no actual concelho de Vila Nova de Gaia.
Neste desatar de meada cronológica, segue-se um documento de 922, do Livro Preto da Sé de Coimbra (vol. 1, p. 118-120), diploma em que alguns investigadores vêem uma cópia deturpada ou com interpolações. Trata-se de uma "descrição da forma como o bispo Gomado organizou o mosteiro de Crestuma e a vila do mesmo nome", com a notícia das doações que beneficiaram o referido cenóbio. A Crestuma, que fica na margem esquerda do Douro, junto à foz do rio Uíma, teriam chegado por via fluvial (fuerunt navigio), depois de terem embarcado (excitabit naves) em Portugale (obviamente na margem oposta), o rei Ordonho II (rei da Galiza de 911 a 914, e da Galiza e Leão de 914 a 924), a rainha (Aragunte Gonçalves), os condes Lucídio Vimaranes e Rodrigo Lucides e restante comitiva régia, para visitarem o mosteiro e o bispo Gomado. No mesmo documento, um pouco mais à frente, fala-se de uma propriedade do mosteiro e dos respectivos termos:

villa de portugal quomodo dividit per suos terminos antiquos quomodo dividit cum illa villa de mahamudi et inde per montem a termino de colimbrianos usque in gal.

Se no primeiro caso temos o Portugale da margem direita do Douro, no segundo descobrimos o Portugal da margem sul, a confrontar com Mafamude (actual freguesia da sede do concelho de Vila Nova de Gaia) e Coimbrões (freguesia de Mafamude), povoações entretanto absorvidas pela cidade de Vila Nova de Gaia. E temos ainda um(a) Gal (usque in gal), afinado pela terminação de Portugal, talvez a encobrir um topónimo mal percebido ou mal lido, que poderia ser Gaia. Este Portugal da margem sul deveria corresponder à actual freguesia de Santa Marinha (Vila Nova de Gaia), encostada ao Douro e virada para o morro da Sé do Porto. Para aqui nos empurra o documento 268 do Livro Preto da Sé de Coimbra (vol. 2, p. 139-140), diploma sem data que menciona as herdades usurpadas pela violência à Sé de Coimbra, entre as quais encontramos Sancta Marina de Purtugal.
Perante a existência de dois povoados denominados Portucale, um na margem direita (castro novo) e outro na margem esquerda (castrum antiquum) resta descobrir em qual deles nasceu Portugal e qual deles nasceu primeiro.
Numa leitura imediatista, a questão da precedência parece resolvida com os qualificativos com que o Paroquial Suévico ornou cada um dos dois topónimos. Nesta perspectiva, o mais antigo, o primeiro a nascer, seria o Portucale da margem sul, porque era esse o castrum antiquum, mas não podemos esquecer os condicionalismos que rodeiam aquele documento, nada garantindo que os adjectivos antiquum e novo não sejam interpolações de séculos posteriores, como também não podemos ignorar o facto de tanto Idácio de Chaves como Isidoro de Sevilha não fazerem qualquer referência ao Portugal da margem esquerda, nem sentirem necessidade de especificar de qual estavam a falar. Os achados arqueológicos dos últimos anos permitem-nos afirmar a ocupação humana do morro da Sé desde o século VIII a.C. e da Ribeira ao longo da vigência do domínio romano, mas outras descobertas poderão ocorrer durante os trabalhos anunciados em torno da "Recuperação e Reconversão Urbanística de Santa Marinha", em Vila Nova de Gaia. De qualquer forma, e independentemente dos referidos adjectivos serem ou não dos finais do século VI, continuaria por provar qual dos dois povoados teria nascido primeiro. Com efeito, o castro novo poderia corresponder a uma recuperação sueva de um castro mais antigo, que tivesse sido destruído durante a conquista romana, ou, se corresponder a uma interpolação dos séculos VIII-IX, poderia indicar uma restauração neogoda, depois da destruição de Portucale por Afonso I das Astúrias (739-757), em meados do século VIII, ou após a presúria do mesmo Portucale pelo conde Vímara Peres, em 868, no reinado de Afonso III (866-911), considerando que o Portucale da margem direita foi, a partir daquela data, se já não o era antes, um centro de povoamento e de organização político-administrativa e, pelo menos nominalmente, a sede do condado do qual viria a nascer Portugal.
Pesem as dúvidas e reticências, podemos afirmar que o corónimo "Portugal", na sua mais remota origem, terá começado por vestir a pele de um vulgar apelativo, numa língua indo-europeia, celta ou pré-celta, para nomear um ancoradouro que se inscrevia na passagem do rio Douro, evoluindo para nome próprio de lugar, para topónimo, à medida que as gentes do lugar e as gentes que ao lugar chegavam construíam a história deles e a nossa. E foi essa história que juntou o portus romano ao cale celta, para que todos, os que estavam e os que vieram, soubessem do que se falava. A paz romana terá acrescentado importância ao povoado, estrategicamente situado para movimentar pessoas e coisas, entre a Lusitânia e a Galécia. A crise do século III, a instabilidade do século IV, as invasões germânicas do início do século seguinte e a queda do Império Romano do Ocidente fizeram a história que se seguiu, por certo mais nos castros que nas margens baixas do rio. Nos alvores do século V os Suevos instalam-se no noroeste da Península, entre Douro e Minho, aqui fundando um reino de fronteiras instáveis, com a capital em Braga, que durou até 585, ano em que as armas visigóticas lhe marcaram o fim, absorvendo-o no seu reino de Toledo. A crermos nalguns indícios, transmitidos pelos documentos do período suevo, Portucale terá sido por vezes residência dos reis, que por regra estanciavam em Dume, nos arredores de Braga, e, na segunda metade do século VI, a sede de uma diocese, embora, como vimos acima, a respectiva sé estivesse algum tempo instalada em Meinedo, certamente uma consequência do cisma que opunha a ortodoxia católica ao arianismo.
A importância de Portucale cresce durante o domínio visigótico, realidade bem patente no desenvolvimento da diocese e na instalação de um centro emissor de moeda, com cunhagens conhecidas nos reinados de Leovigildo (568-586), Recáredo I (586-601), Liuva II 601-603) e Sisebuto (612-621). Perante tal quadro, podemos admitir que Portucale seria também, já no período suevo-visigótico, um centro de administração civil, certamente sob a tutela de um conde (comite-).
Nos séculos VIII-IX multiplicam-se as dificuldades, primeiro com o curto domínio muçulmano, depois com as investidas de mouros e normandos, que terão obrigado ao recuo da sede da civitas, pelo menos nos períodos mais críticos. Depois de 868, com a conquista definitiva de Portucale pelas forças neogodas de Leão, lideradas pelo prócere Vímara Peres, o território portucalense vai aumentando para Norte e para Sul, ganhando identidade e coesão, facilitadas pelo governo hereditário de uma família condal (868-1044), cujas raízes vão do referido Vímara Peres aos descendentes de Diogo Fernandes.
Portucale já não é apenas um topónimo da margem do rio Douro, é cada vez mais um corónimo de uma província ou território, governada por um dux magnus ou por um comes. A evolução desta nova realidade política acentuar-se-á a partir dos finais do século XI, durante os governos do conde Henrique, da sua viúva Teresa e de seu filho Afonso Henriques. No quadro político da Península Ibérica, será este último o grande responsável pela criação do novo Estado, que responderá pelo nome de PORTUGAL.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

JOSÉ ESTÊVÃO Coelho de Magalhães 1809-1862 (biografia)

Personalidade multifacetada de soldado, orador parlamentar, político, jornalista, professor e advogado, José Estêvão jamais abandonou a primeira linha da luta pela Liberdade, não recuando perante situações a que poderia ter-se acomodado, antes arriscando carreira e vida pelos seus ideais.

Filho de Luís Cipriano Coelho de Magalhães e de D. Clara Miquelina de Azevedo Leitão, José Estêvão nasceu em Aveiro a 26 de Dezembro de 1809, numa casa que os avós maternos possuíam na Rua dos Mercadores. Foi baptizado em 1 de Janeiro de 1810, na Igreja de Nossa Senhora da Apresentação, pelo vigário Dr. Manuel Rodrigues, assistindo como padrinhos o seu segundo tio, José Ribeiro de Azevedo Leitão, e a irmã deste, Luísa Teresa. Foi-lhe posto o nome de José Estêvão da Costa Magalhães, tendo mais tarde mudado o apelido “Costa” para “Coelho”.

Com receio das invasões francesas, Luís Cipriano mandou o filho recém-nascido, e a sua ama, para casa da avó materna, D. Ana Joaquina Ribeiro da Costa, onde residirá até aos 12 anos.

Em 1821 José Estêvão volta para casa de seus pais, sem ter sido ainda iniciado nas primeiras letras. Aqui encontrará três irmãos, nascidos na sua ausência: António Augusto, Luís Rufino e Maria Doroteia. Começou então a frequentar as aulas do professor de instrução primária de Aveiro, Custódio José Baptista, mas será com seu pai que aprenderá a ler. Em Junho morre-lhe a mãe.

Possivelmente em 1822, juntamente com os irmãos, frequenta a aula de primeiras letras, que funcionava no convento de Santo António, de que era professor Frei Joaquim de Santa Rita Valongo.

No ano seguinte, concluído o estudo de Gramática Portuguesa, começa a estudar Latim com José Lucas de Sousa da Silveira, Lógica com Francisco Inácio de Mendonça e Retórica com o padre Manuel Xavier de Sousa. Teve como condiscípulos, na aula de Latim, e já antes, na aula de primeiras letras, o futuro general Joaquim da Costa Cascais e Manuel José Mendes Leite.

José Estêvão apaixona-se então pela obra do árcade Filinto Elísio, obra que lê e relê. Interrogado pelo pai, afirma pretender seguir a carreira eclesiástica. Perante a oposição de Luís Cipriano, José Estêvão acaba por aceitar o ponto de vista paterno, rumando a Coimbra, onde, em 1825, o encontramos matriculado no primeiro ano de Direito, curso que interromperá ao sabor dos grandes acontecimentos políticos da época, e da sua intervenção directa nas lutas contra o Absolutismo. Em 1826 destaca-se pelas suas intervenções nos clubes políticos de Coimbra, sempre na defesa dos ideais do liberalismo e da liberdade.

Em 1828 o Vintismo sofre o último dos grandes golpes de estado, dirigido por D. Miguel, aclamado rei absoluto em vários pontos do País. A Carta Constitucional, que D. Pedro outorgara aos portugueses em Abril de 1826, deixa de vigorar, mas os baluartes do liberalismo ainda estrebucham, assistindo-se a levantamentos populares e militares no Porto, Aveiro, Coimbra, Algarve e Terceira (Açores).

José Estêvão alista-se no Terceiro Batalhão Académico, como aliás o farão Garrett e Herculano. As forças liberais acabarão vencidas, devido em grande parte à mediocridade dos seus chefes, desfecho que será sentido de forma aterradora em Aveiro, onde se sucedem as prisões e perseguições, que culminam na execução de nobres filhos desta terra, enforcados e decapitados no Porto.

Na sequência da derrota de 1828, José Estêvão foge para a Galiza, integrado no grupo que embarcou no El Ferrol, com destino à Inglaterra, onde, após o desembarque em Plymouth, os liberais portugueses procuram reorganizar-se. Entretanto, o pai, Luís Cipriano, refugia-se no Porto, em casa do padrinho, um juiz da alçada encarregado de julgar os revoltosos de 16 de Maio.

No ano seguinte estará com as forças que embarcam para os Açores, onde redigirá o jornal Chrónica da Terceira, primeiro periódico açoriano e órgão oficial da regência liberal, feito com o prelo e outro material tipográfico trazido de Londres, na mesma escuna em que embarcaram os exilados de Plymouth.

Embora não tenha participado na Batalha da Praia, estará presente em todos os combates que levaram à conquista liberal do arquipélago dos Açores. Em 1831, já sob o comando de D. Pedro, participou na tomada do Faial, de S. Jorge e de S. Miguel.

No ano seguinte, integrou as tropas que desembarcaram no Continente, na praia da Arenosa de Pampelido, tomando igualmente parte na sortida a Vila do Conde. No Porto encontra-se com o pai, que aqui se achava escondido, em casa de amigos, para fugir à fúria persecutória do revanchismo miguelista.

José Estêvão irá integrar a divisão do General Torres (depois barão do Pico do Celeiro), que ocupou a Serra do Pilar. Envolve-se activamente na defesa da capital do Norte, dirigindo o reforço das fortificações da Serra do Pilar e destacando-se em combate, o que lhe valeu o grau de cavaleiro da Torre-e-Espada, ordem entretanto restaurada por D. Pedro IV, por alvará de 28 de Julho de 1832. Pertencia então ao corpo de artilheiros académicos, onde tinha o posto de cabo, recebendo aquela alta condecoração por vontade expressa dos seus companheiros, que se recusaram a sorteá-la entre si, conforme era hábito e fora superiormente decidido. E, enquanto decorriam estes acontecimentos, era preso o seu irmão António Augusto, que passaria às cadeias de Viseu e Lamego, donde fugiu em 10 de Abril de 1834.

O reconhecimento das altas qualidades militares e humanas do jovem aveirense levam o respectivo comandante a propor a sua passagem para o exército de linha, o que vem a acontecer em 4 de Abril de 1833, sendo integrado com o posto de segundo tenente. Cinco dias depois batia-se corajosamente nos redutos e fortificações que faziam parte da linha de defesa do Porto, participando primeiro na tomada de Covelo, entre as estradas de Braga e Guimarães, para, em 25 de Julho do mesmo ano, à frente de vinte soldados quase todos mortos na acção, se cobrir de glória na defesa da Flecha dos Mortos, entre Lordelo e Foz, sendo galardoado, desta feita, com o grau de Oficial da Torre-e-Espada.

Em 1834 será promovido a primeiro-tenente e, em Fevereiro desse ano, sob o comando do marechal Saldanha, contribui mais uma vez para a vitória liberal, pelo denodo com que combate em Almoster.

A guerra civil termina nesse mesmo ano, pelo que, com a vitória liberal, José Estêvão regressa a Aveiro, donde segue para Coimbra, para continuar os seus estudos. O soldo de primeiro-tenente servirá para financiar a sua formatura, bem como a de seu irmão António Augusto que ele próprio habilitara para o ingresso na Universidade.

José Estêvão termina o curso de Direito em finais de 1836 e, no ano seguinte, é eleito deputado às Constituintes. O homem que defendera os seus ideais com as armas irá agora defendê-los com a palavra, quer no Parlamento quer na imprensa, nos jornais O Tempo, que fundou em 1838, e Revolução de Setembro, também por ele fundado em 1840, de parceria com o seu amigo, conterrâneo e companheiro de todos os momentos, Manuel José Mendes Leite.

Ainda em 1840, José Estêvão concorre e ganha o concurso para leccionar a 10ª cadeira da Escola Politécnica – Economia Política, Direito Administrativo e Comercial. O militar, político, parlamentar e jornalista é agora também professor do ensino superior.

As suas qualidades pessoais, a sua verticalidade moral e a sua benevolência estão bem patentes nalguns episódios da sua vida. A generosidade de José Estêvão ia ao ponto de se envolver, sem conhecimento do interessado, na consecução de um cargo rendoso para um conterrâneo em dificuldades, apesar deste ser seu inimigo político e de não manter com ele quaisquer relações.

O seu espírito de tolerância, e a fidelidade aos princípios que sempre o nortearam, levaram-no, em 1843, a defender em tribunal o jornal miguelista Portugal Velho, acusado de abuso de liberdade de imprensa.

A posição de que desfrutava poderia tê-lo transformado num homem acomodado, passível de vender-se a interesses políticos ou económicos, que lhe assegurassem um futuro promissor e desafogado. Mas na alma deste homem não cabiam interesses mesquinhos, nem ele se alienava, qual vendilhão do templo, aos valores materiais que jamais sobrepujaram as suas convicções morais e políticas.

A Constituição de 1838, que José Estêvão ajudara a elaborar, na sua qualidade de parlamentar constituinte, vai deixar de vigorar em 1842, na sequência do pronunciamento de Costa Cabral. Os barões do dinheiro venciam assim as forças da Revolução de Setembro de 1836, em cujas fileiras militava o distinto aveirense, e cujo ideário se identificava com a esquerda liberal ou, se preferirmos, a ala democrática do liberalismo português.

José Estêvão conspira e combate em todas as frentes, mesmo quando o seu jornal Revolução de Setembro tem de passar à clandestinidade, não deixando porém de se publicar e de chegar a todos os pontos do País. E quando, em 1844, a pressão da ditadura cabralista atenta contra as liberdades fundamentais, o capitão de artilharia José Estêvão abandona mais uma vez os confortos da vida, para pegar em armas com o Regimento de Cavalaria de Torres Vedras. Num dos seus discursos, na sessão das Cortes de 12 de Agosto de 1840, e em resposta ao ministro do Reino Rodrigo da Fonseca Magalhães, já o grande tribuno reconhecia com desassombro "que a resistência armada é, em certas ocasiões, não digo um direito, mas uma obrigação".

Encurralado na praça de Almeida, demitido do posto de capitão e de lente da Escola Politécnica, José Estêvão consegue, com mais dois oficiais, romper o cerco e deslocar-se para Trás-os-Montes, onde tenta sublevar várias localidades. O malogro destas tentativas e a notícia da rendição de Almeida obrigam-no a exilar-se em Paris, onde se conservará durante cerca de dois anos, com residência no n.º 20 da rua Laffite. Entretanto, com data de 16 de Abril de 1844, a 1ª Repartição da 3ª Direcção do Ministério do Reino publicava uma circular, assinada por António Bernardo da Costa Cabral que, em nome da rainha, prometia "a quantia de um conto de reis" a quem entregasse os fugitivos de Almeida ao governador civil. Este episódio viria a inspirar o escritor Joaquim Leitão, que nele se baseou para escrever o conto Cabeça a Prémio, dedicado a Luís de Magalhães, filho de José Estêvão.

Em 1846, na sequência da sublevação da Maria da Fonte, cai o governo dos Cabrais, o que permitirá o repatriamento de José Estêvão, beneficiando da amnistia que o ministério Palmela decretara para os revolucionários de 1844. Em 5 de Outubro daquele ano aparece o programa setembrista redigido por José Estêvão, com o qual a esquerda liberal pretendia pôr cobro à situação político-militar resultante da ditadura cabralista e do levantamento da Maria da Fonte.

D. Maria II assusta-se com o evoluir dos acontecimentos e acaba por promover o golpe de Estado de 6 de Outubro, demitindo o gabinete chefiado pelo duque de Palmela. O novo ministério, agora sob o comando do duque de Saldanha, apressou-se a dissolver o Parlamento e a restabelecer a antiga lei eleitoral.

O País vai-se revoltando aqui e ali, do Norte ao Sul, enquanto José Estêvão, que tinha retomado a direcção do jornal Revolução de Setembro, se vê forçado a homiziar-se para escapar à prisão. Conseguindo, sob disfarce, fugir de Lisboa, aparece a trabalhar na organização das forças revolucionárias, sucessivamente em Santarém, Caldas da Rainha, Alcobaça e Nazaré. Em Dezembro encontramo-lo envolvido na formação da Junta de Setúbal e, no ano seguinte, percorre o Alentejo na luta de guerrilha – a Patuleia alastrava por todo o território nacional.

A pacificação virá de seguida, imposta por forças espanholas, francesas e inglesas que a rainha chamara a Portugal. Em 24 de Junho de 1847 a Convenção de Gramido põe fim à guerra civil e José Estêvão, novamente amnistiado, retoma o magistério da Escola Politécnica, mas fica proscrito do Parlamento na legislatura de 1848-1850.

Em 1848, uma intervenção do duque de Saldanha nas Cortes, afirmando ser necessário «esmagar com mão de ferro a hidra revolucionária», deu lugar à chamada "Conspiração das Hidras", em cujo grupo pontificavam nomes como Oliveira Marreca, Rodrigues Sampaio e José Estêvão, que, durante algum tempo, defenderam soluções republicanas para a política nacional. A repressão policial não se fez esperar e José Estêvão viu-se obrigado a passar mais uma vez à clandestinidade. No ano seguinte regressa de novo à regência da sua cadeira na Escola Politécnica e, em 1851, pela mão da Regeneração, voltará ao Parlamento. É neste período que se bate pela construção do Liceu de Aveiro e pela passagem, nesta cidade, do caminho-de-ferro Lisboa-Porto.

O exílio em Paris, que certamente lhe permitiu observar de perto a instabilidade europeia e a insatisfação francesa, quiçá o germinar dos acontecimentos de 1848, e uma natural inquietação perante a permanente fragilidade política e social do seu País, onde a recuperação económica se mostrava inadiável e as reformas de fomento se impunham, devem ter empurrado o tribuno para os braços da Regeneração.

Esta fidelidade à ordem regeneradora, que pode a priori ser percebida como uma incoerência do seu percurso político, só será quebrada em 1860, aquando do gabinete presidido por Joaquim António de Aguiar, embora já se adivinhe em 1857, quando, na sessão parlamentar de 23 de Maio, ocupando a sua "antiga cadeira de deputado da extrema esquerda", discursou sobre o "Contrato do Tabaco".

O ilustre parlamentar parece sentir o peso de uma certa incompreensão face às suas opções políticas, e é nesse sentido que interpretamos as suas sucessivas explicações e justificações. No entanto, não devemos esquecer que tanto os regeneradores como os históricos eram facções da mesma família política, o chamado Partido Progressista, nascido da coligação de todas as forças liberais que se opunham ao Cabralismo. Convém igualmente lembrar que, até ao último quartel do século XIX, não podemos falar de partidos no moderno sentido do termo. Os diferentes grupos políticos tinham uma débil organização e eram. Frequentemente, muito indefinidos nos aspectos ideológicos e programáticos.

José Estêvão já em 1857 mostrava o seu descontentamento pelo crescente oportunismo político, e pelos trânsfugas que se iam vendendo ao ritmo das mordomias, privilegiando com as suas diatribes o ministro António José d’ Ávila, que o gabinete progressista do marquês de Loulé fora recuperar das antigas hostes cartistas e cabralistas. Aliás, seriam gabinetes presididos pelo marquês de Loulé, companheiro político do tribuno aveirense ao longo de quase todo o segundo quartel de Oitocentos, o alvo dos discursos mais famosos e vibrantes do estro estevaniano. Referimo-nos aos discursos sobre as questões da "Charles et Georges", a barca francesa apresada em Moçambique com um carregamento de escravos, e das "Irmãs da Caridade", instituição religiosa autorizada pelo governo a instalar-se em Portugal.

O probo e distinto orador alardeara sempre uma grande independência intelectual e uma invulgar coerência cívica e política, que facilmente captamos nas suas mais importantes intervenções parlamentares. Em 1840 já se insurgia contra a promiscuidade política, contra o amálgama ordeiro, agrinaldando o discurso do "Porto Pireu" com algumas comparações de ironia demolidora:

o centro da Câmara é um fidalgo d'aldeia, que se pretende aparentar com todos os titulares, por consanguinidade, por afinidade, e até por bastardia!

Quando se afastou da Regeneração e enveredou, desiludido mas não vencido, por um certo isolacionismo político, José Estêvão parece ter sentido necessidade de se explicar perante o eleitorado, como no manifesto por ele assinado e datado de 21 de Abril de 1861, dirigido aos "Snrs. Eleitores do Círculo d’ Aveiro":

Era natural, se falássemos, que me perguntásseis a que partido eu pertenço. E talvez não, que os genealogistas políticos vão sendo raros, e os eleitores a quem me dirijo prezam mais actos de boa governação do que pergaminhos partidários. […]

Eu pertenço ao partido histórico pela parte que tomei em todas as suas lutas parlamentares e armadas para sustentar as liberdades públicas.

Pertenço ao partido regenerador por lhe ter dado o fraco concurso do meu voto nos muitos cometimentos com que ele despersuadiu o país d’ uma política de teorias e paixões para o ocupar de melhoramentos reais e civilizadores. Para o futuro pertencerei de certo ao partido que começa a formar-se […].

O tribuno, que já era pai de um filho natural, Mateus Luís Coelho de Magalhães, fruto de amores de estudante coimbrão, casou-se em 1858 com D. Rita de Moura Miranda. No ano seguinte nascia o seu filho Luís de Magalhães e, em 1860, a filha Joana, que viria a falecer um ano depois, quando o progenitor andava envolvido na campanha eleitoral.

O ano de 1861 é para José Estêvão um ano de forte actividade política. Para além de participar na organização de um novo partido, como se pode perceber pelo fragmento do manifesto eleitoral atrás transcrito, ganha as eleições em candidatura de oposição ao governo. Neste mesmo ano vende o jornal Revolução de Setembro, passando a colaborar activamente, desde o seu primeiro número, no jornal A Liberdade, fundado em 26 de Junho por Jacinto Augusto de Freitas Oliveira, seu sobrinho por afinidade, já que era casado com a filha de António Augusto Coelho de Magalhães. Em Aveiro, perante a hostilidade de Manuel Firmino de Almeida Maia, proprietário do jornal Campeão das Províncias e seu ex-correligionário, funda, com um grupo de amigos, o periódico Districto de Aveiro.

Entretanto, para além de continuar a trabalhar nas habituais tarefas políticas, José Estêvão irá privilegiar a Confederação Maçónica Portuguesa, da qual é eleito Grão-Mestre em 1862. Com tradições maçónicas na família, já que seu pai, Luís Cipriano, pertencera à Loja que em 1823 funcionava em Aveiro, na Quinta dos Santos Mártires, José Estêvão foi iniciado no exílio de Plymouth, em 1828, com o nome simbólico de Pórcio. Tendo ascendido ao sétimo grau do Rito Francês (Soberano Príncipe Rosa Cruz), o tribuno aveirense foi Venerável da Loja 5 de Novembro, de Lisboa.

Entre 1861 e 1862 envolve-se na fundação do Asilo S. João, em Lisboa, e de um asilo para a infância desvalida em Aveiro.

Repentinamente, em 4 de Novembro de 1862, quando nada o fazia prever, morre em Lisboa, deixando a esposa grávida do filho que nascerá postumamente e que será baptizado com o mesmo nome do pai.

O duque de Loulé, chefe do ministério histórico que governará o País de 1860 a 1865, envidava esforços, através de amigos comuns, no sentido de o trazer ao governo, pretendendo entregar-lhe a pasta do Reino.

Como se afirmava no seu elogio fúnebre, publicado em 1862 no Archivo Pittoresco (tomo V, p. 338),

Privando com o poder, muitas vezes, e nalgumas o seu maior esteio no parlamento, nunca ambicionou o governo, não solicitou nem aceitou mercês ou condecorações. O peito onde pulsava tão grande coração, só se ornou com a Torre-e-Espada, ganha no campo de batalha, e com o colar da Academia das Ciências, que lhe foi conferido pelo seu talento oratório. Eram os troféus que havia conquistado nos dois campos de lide em que tantas vitórias alcançara, e os emblemas da sua profissão – as armas e as letras.

JOSÉ ESTÊVÃO Coelho de Magalhães (bibliografia activa e passiva)



AMORIM, Francisco Gomes deGarrett: Memórias biográficas. Lisboa: Imprensa Nacional, 1881. 3 vol.

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Arquivo Pitoresco: Semanário Ilustrado. Dir. e redactor principal António da Silva Túlio. Lisboa: Castro, Irmão & C.ª. Tomo V (1862), p. 337-340. – [José Estêvão]. Com gravura de Nogueira da Silva. Integra extractos de uma lição de Economia Política na Escola Politécnica, segundo apontamentos de José Horta, aluno de José Estêvão naquele estabelecimento de ensino.

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FREITAS, [Joaquim de] Melo – A Família de José Estêvão: Conferência realizada no “Clube Mário Duarte” (Aveiro) no dia 15 [14] de Agosto de 1909. Aveiro, 1909. 14 p.

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GAIO, [António da] Silva – Mário. Introd. De Fernando Pereira Marques. Lisboa: Publicações Alfa, 1990. 2 vol. (214+216 p.). (Testemunhos Contemporâneos; 31, 32). José Estêvão é uma das personagens deste romance histórico. Reprodução fiel da edição de 1868, a primeira e única revista pelo autor.

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GOMES, Marques – Cinquenta anos de vida pública: O Conselheiro Manuel Firmino d'A. Maia. Aveiro: Tip. do Campeão das Províncias, 1899. [6], 669 p.

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GOMES, Marques – A Vista Alegre: memória histórica. Aveiro: Tipografia Minerva Central, 1924. 100, [1] p. Para além de outras alusões a José Estêvão, transcreve, entre as p. 50-58, o discurso do tribuno, em homenagem a José Ferreira Pinto Bastos, proferido no Conservatório Real de Lisboa em 21 de Dezembro de 1841.

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JANEIRO, Padre Francisco de Sousa – Oração fúnebre nas solenes exéquias do Sr. José Estêvão Coelho de Magalhães mandadas celebrar na Igreja da Misericórdia d’Aveiro pelos artistas da mesma cidade no dia 22 de Abril de 1863. Aveiro: Tip. do Distrito de Aveiro, 1863. 18 p.

JORNAL DE AVEIRO. A José Estêvão Coelho de Magalhães – o Jornal de Aveiro. Semanário Republicano. Responsável: Ernesto António de Freitas. Aveiro: Of. imp. Rua do Sol, n.º 10. Ano I, N.º 25 (12 Ago. 1889), 4 p., 50x36 cm. Número especial deste "semanário republicano", comemorando a inauguração da estátua de Aveiro. Com o retrato do grande orador no texto da primeira página, gravado por Alberto (13,5x11 cm); na segunda página três estampas, gravadas por Pastor, representando: a. Casa onde nasceu José Estêvão; b. Vista exterior da capela do cemitério, onde jazem os restos mortais do grande tribuno; c. O interior da capela. Na terceira página, o retrato de Jerónimo Morais Sarmento (7,5x6 cm) gravado por Pastor e, na quarta página, gravado pelo mesmo, o retrato de Manuel José Mendes Leite (8x6 cm). Colaboraram: Albano Coutinho, [Sebastião] de Magalhães Lima, Jaime de Magalhães Lima, Y., A. Portocarrero, Cunha Coelho, Jaime, A. B., Adriano Costa, M. Dias Ferreira, Jaime Duarte Silva.

[José Estêvão]. In Arquivo Pitoresco: Semanário Ilustrado. Dir. e redactor principal António da Silva Túlio. Lisboa: Castro, Irmão & C.ª. Tomo V (1862), p. 337-340. Com gravura de Nogueira da Silva. Integra extractos de uma lição de Economia Política na Escola Politécnica, segundo apontamentos de José Horta, aluno de José Estêvão naquele estabelecimento de ensino.

Legendas da Cidade Invicta: O Caminho de ferro do Porto. O que foi o Contrato Peto – Discussões Parlamentares – José Estêvão contra o Ministro das Obras Públicas – A dissolução do contrato – Onde aparece D. José Salamanca – A Linha do Norte – Estação de Campanha. In Arquivo Nacional. Dir. de Rocha Martins. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade. Vol. 4, nº 175 (15 de Maio de 1935), p. 324-325.

Legendas da Cidade Invicta: Portuenses Ilustres: Almeida Garrett e o Discurso de Porto Pireu: Improviso ou cêna estudada? – O aparte de José Estêvão - A resposta brilhantíssima do grande escritor – Seu orgulho – A Câmara ante a sua oratória – A Consagração do orador. In Arquivo Nacional. Dir. de Rocha Martins. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade. Vol. 2, nº 110 (16 de Fevereiro de 1934), p. 916-917.

LEITÃO, Joaquim – Cabeça a Prémio (contos). 2ª ed. Porto: Companhia Portuguesa Editora, 1921. 278 [1] p. 1ª ed. em 1917; o conto que dá o nome ao livro refere-se a episódios da vida de José Estêvão.

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LIMA, Jaime de Magalhães – José Estêvão: Conferência lida na Biblioteca do Liceu de Aveiro, na sessão pública de homenagem a memória de José Estêvão em a noite de 17 de Dezembro de 1927. Aveiro: Edição da revista Labor, 1928. 45 p.

LIMA, Marcelino – Famílias faialenses: Subsídios para a historia da ilha do Faial. Horta: Tip. Minerva Insulana, 1922. 733, [2] p.

LIMA, Marcelino – A loucura do ideal: Miguelistas e liberais na ilha do Faial. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1931. 269 p. Ver p. 182-191.

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SILVA, Luís Augusto Rebelo da – Prefácio. In MAGALHÃES, Mateus – Mulher Funesta (romance). Lisboa: Editor Silva Júnior, 1866. Mateus Luís Coelho de Magalhães, ou Mateus de Magalhães, era filho natural de José Estêvão.

SILVA, Luís Augusto Rebelo da – Os Varões Ilustres das três épocas constitucionais: Colecção de esboços e estudos biográficos. Lisboa: Livraria de António Maria Pereira, 1870. VIII, 267 p. Com retratos; contém as biografias do duque de Palmela, Manuel Fernandes Tomás, José Xavier Mouzinho da Silveira, José da Silva Carvalho, José Estêvão Coelho de Magalhães e Manuel da Silva Passos; estudos ampliados e retocados dos que tinham sido anteriormente impressos em publicações literárias periódicas. Ver p. 213-228.

SOARES, Joaquim Pedro Celestino – Origem e estado da questão entre José Estêvão Coelho de Magalhães e Joaquim Pedro Celestino Soares. Lisboa: Typ. de Manuel Jesus Coelho, 1849. 4 p. Foi distribuído com o jornal O Patriota.

SOARES, Joaquim Pedro Celestino – Quadros navais ou colecção dos folhetins marítimos do Patriota: seguidos de uma epopeia naval portuguesa. 2ª impressão. Lisboa: Imprensa Nacional, 1861-1869. 4 vol. O tomo IV contém: 27 - Origem e estado da questão entre José Estêvão Coelho de Magalhães e Joaquim Pedro Celestino Soares. 1.º e 2.º.

SOUSA, Eduardo de – José Estêvão. 1ª ed. Porto: Tip. de Artur José de Sousa & Irmão, 1894. Discurso pronunciado no Teatro Aveirense, na noite de 13 de Agosto de 1894. 19 p. Tem 2ª edição, do centenário, Porto, Livraria Moreira, 1909.

SOUSA, Eduardo de – José Estêvão (Edição do Centenário). 2ª ed. aum. Porto: Livraria Moreira Editora, 1909. Inclui o discurso pronunciado no Teatro Aveirense, na noite de 13 de Agosto de 1894. 35 p.

TAVARES, José – História do Liceu de Aveiro. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 3, nº 9 (1937), p. 47-64; vol. 3, nº 10 1937), p. 137-150; vol. 3, nº 11 (1937) p. 221-231; vol. 3, nº 12 (1937), p. 273-280.

TAVARES, José – A Estátua de José Estêvão em Aveiro: Subsídios para a história do monumento. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 5, nº 18 (1939), p. 127-137; vol. 5, nº 19 (1939), p. 227-230.

TAVARES, José – Subsídios para a História da criação do Asilo de Aveiro. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 17, nº 68 (1951), p. 307-311.

TAVARES, José – Literatos do Distrito: Alexandre da Conceição. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 20, nº 80 (1954), p. 245-250.

TAVARES, José – Aveiro e o Primeiro Centenário do Nascimento de José Estêvão. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Vol. 28, n.º 112 (l962), p.247-257.

TAVARES, José – Primeiro Centenário do Falecimento de José Estêvão: 4 de Novembro de 1862 – 4 de Novembro de 1962. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 28, n.º 112 (1962), p. 290-317.

TAVARES, José – Castilho e Bulhão Pato perante a memória de José Estêvão. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 31, nº 123 (1965), p. 163-177. Fez-se separata.

TAVARES, José – Primeiro Centenário do Movimento Liberal de Aveiro. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 35, nº 137 (1969), p. 3-36.

TAVARES, José – Discurso de Freitas de Oliveira acerca de José Estêvão, em 1866. In Arquivo do Distrito de Aveiro. Aveiro. Vol. 35, nº 140 (1969), p. 262-272.

TENGARRINHA, José – O centenário de José Estêvão. In Seara Nova. Lisboa. Ano 40, nº 1404-1405 (Out.-Nov. 1962) p. 238-239 e 252.

TENGARRINHA, José – Estudo introdutório, selecção e notas. In Estêvão, José – Obra Política. Lisboa: Portugália Editora, 1962-1963. 2 vol. (Colecção Portugália; 3 e 4). Tem uma copiosa “Bibliografia”, aqui integrada, nas p. 432-441.

TENGARRINHA, José – História da imprensa periódica portuguesa. Lisboa: Portugália Editora, 1965. 349, [1] p.

TENGARRINHA, José – A oratória e o jornalismo no Romantismo. In Centro de Estudos do Século XIX do Grémio Literário. Colóquio, 1, Lisboa, 1970 – Estética do Romantismo em Portugal: primeiro colóquio, 1970. Lisboa: Grémio Literário, [1974]. p. 186-190.

TENGARRINHA, José – Estudos de história contemporânea de Portugal. Lisboa: Caminho, imp. 1983. 275, [2] p.

TORGAL, Luís Reis; ROQUE, João Lourenço (coord.) – O Liberalismo. In MATTOSO, José (dir.) – História de Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores, 1992-1993. ISBN 972-42-0586-X. Vol. V (1993), p. 83, 104, 108, 111, 118, 119, 127, 190, 191, 208, 209, 227, 277, 410, 412, 413, 565, 566, 589, 693.

VIEIRA, Augusto José – Historia do Partido Republicano Português: Obra de propaganda republicana. Lisboa: Empresa de Publicações “A Democrata”, [1909]. Ver p. 127.

VIEIRA, Benedicta Maria Duque – A Revolução de Setembro e a discussão Constitucional de 1837. Lisboa: Edições Salamandra, 1987. 141, [1] p.

VILHENA, Júlio de – D. Pedro V e o seu reinado. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1921. 2 vol. (IX, 399; XI, 463 p.).

VITALIDADE. Semanário Regenerador-Liberal. Aveiro. Ano XIV, nº 767 (25 Dez. 1909). Director e proprietário: Acácio Rosa.

BIBLIOTECA NACIONAL – Arquivo da Cultura Portuguesa Contemporânea – Colecções ESTÊVÃO, José, 1809-1862 BN, cota Esp. N49.

A colecção (5 Caixas com 733 documentos) é composta por um conjunto de documentos relativos à guerra da Patuleia, cartas dirigidas a José Estêvão e a familiares, assim como recortes e outros documentos sobre homenagens prestadas ao tribuno. Entrou na BN em Janeiro de 1983, integrando o Espólio de seu filho, Luís de Magalhães, adquirido por compra aos seus herdeiros.